quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Th3 FigtH of StevE.:


BoM DiA

Estou aqui novamente com cimento e uma colher de pedreiro para colocar mais tijolos no muro.
Nesta sua revista octagonal, falaremos de LI.vrö e PhiLL.me:

Primeiramente, quero comentar sobre um LI.vrö que tenho muito apresso. "O Paciente Steve" de Sam Lipsyte (já adianto, não eh o melhor livro que vc vai ler na vida, mas acredite, vale a pena).

Conta a história de Steve, um publicitário que não anda bem das pernas. Está divorciado de sua mulher desde que, segundo ele, ela foi roubada por seu amigo William (qualquer semelhança não é mera coincidência. Coincidências não existem).

Mas a verdade que Steve não queria admitir era que, além de ser um péssimo marido, também não era um pai promissor. Sua filha Fiona, já divorciada do shrek, é adolocelente, rebelde e sem calça, além de achar o pai um tremendo banana. Para melhorar sua situação, Steve está com uma doença terminal, incurável, da qual ninguém adoeceu ainda. Ao invés de continuar a narração, gostaria que lessem as linha abaixo. É um trecho da coluna de Ricardo de Mattos, feita para o site Digestivo Cultural (www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=1449).

Após, faço umas considerações. Leia-se:


"O azar de Steve consistiu em cair sob os cuidados de dois charlatões ansiosos por notoriedade. Após alguns exames de rotina, os médicos - referidos no início somente como Mecânico e Filósofo - anunciaram a presença de certa doença desconhecida. Steve, pontificaram, um dia morrerá. Não se sabe quando, mas morrerá. Se um evidente embuste receber uma camada de seriedade e se tratado com o devido escândalo pela mídia, suas chances de adquirir credibilidade aumentam. Os dois requisitos são presentes no texto de Lipsyte. Primeiro o da seriedade: a doença é nomeada e descrita, bem como a imprensa solenemente convocada para uma entrevista coletiva. A "Síndrome Goldfarb-Blackstone Preparatória para a Extinção" - ou simplesmente PREXIS - caracteriza-se por ainda não possuir "causa identificável, o que não atenua sua fatalidade inquestionável. (...) Mas aqui está o complicador: ele vai morrer sem nenhuma razão conhecida. Talvez não hoje, talvez não amanhã, mas algum dia, irrevogavelmente. Ele pode não mostrar nenhum sinal disso ainda, mas mostrará, podem ter certeza". O segundo requisito, o do agitamento, tem lugar quando os médicos apresentam Steve como o único doente na cidade em estado terminal da PREXIS e permitem que repórteres mercenários divulguem as poucas e confusas informações".

Não conto mais do livro pois, se alguem quiser ler, não vou estragar a surpresa. Até porque, o ponto que eu queria chegar era esse mesmo. "Steve, pontificaram, um dia morrerá. Não se sabe quando, mas morrerá." Perceberam a semelhança com outro personagem bem conhecido de vcs? não? ahhhhhh, qualé, não estão tentando adivinhar... impossível que não saibam...

tah, tah, vou dar uma dica:

é possível ver este personagem todos os dias quando se está de frente a um espelho.

hehe, estou falando de vc mesmo. e de mim. e de todas as outras pessoas do mundo. Ricardo de Mattos aponta uma característica do livro que é a crítica ao consumismo da modernidade, mas no meu ponto de vista, a crítica literária é bem mais profunda, bem mais filosófica, principalmente quando Steve resolve buscar um estranho retiro para se curar. Percebem?

Quero dizer que nascemos com a morte, mas como somos jovens, bonitos, ricos, bem sucedidos, rodeados de pessoas que nos adulam, nos falam bem, nos prestigiam, acabamos nos esquecendo desse pequeno detalhe. Já nos cagaram nesse mundo com uma certidão de óbito. Quando nos damos conta da morte, nos desesperamos, entramos na primeira igreja que achamos na frente, e clamamos ao deus-morto de Nietzsche para salve nossa pobre alma pois fomos muito bonzinhos durante a vida. Mas, será que realmente vivemos? buscamos a felicidade em cada detalhe?

Se quer um exemplo desse detalhe, me diga: Vc está respirando agora?

Enquanto vc fica ai, pensando na melhor resposta que poderia me dar, deixo algo que escrevi uns dias atrás:
  • "Quando eu nascer, mamãe, me faça um favor,
  • digite meu atestado de óbito sem nenhum temor.
  • E deixe que a causa e a data eu completo em vida,
  • pois, no fundo, a morte eh minha única amiga".
Steve busca a cura porque quer continuar vivo, mas, não seria melhor ele viver logo de uma vez, ao invés de passar a vida querendo viver, achando que o mundo é bosta, que deus é mau, e que o lula não faz porra nenhuma?

E voltando a conversa pra vc, leitor, me responda:

Vai deixar de ser feliz, assim,
sem mais nem menos,
Só porque te disseram que a morte é ruim?
Vai passar a vida com medo,
achando que na morte encontrará o fim?

Enquanto pensa nisso, aconselho um:

PhiLL.me


Hahaha, quem assitiu esse filme nos falecidos video cassetes deve ter feito como eu. Deve ter tentado congelar a imagem no exato segundo que esse aviso aparece no video, o que era muito difícil de fazer. Confesso, que somente graças à minha amiga Amandit's (www.fotolog.com.br/thepatient/55770826) pude finalmente ler o que estava escrito, e, pasmem, Tyler Durden estava certo!

Para quem está confuso, o filme a que me refiro é um dos melhores na minha humilde opinião.


FIGTH CLUB, Clube da Luta. Dirigido por David Fincher, e com grande elenco incluído Edward Norton, Brad Pitt e Helena Bonham Carter, o filme relata a vida de Jack (Norton) que trabalha como investigador de seguros e mora confortavelmente em um apartamento moblilhado por ele mesmo, com os exclusivíssimos artigos de venda por catálogos (sim, ele tem uma mesa de centro no formato yin/yang).



Entretanto, ele tem um problema. Insônia.



Procura um médico para que lhe receitasse uns remédios, dizendo que sofria muito, e o doutor lhe falou "quer saber o que é sofrimento? vá a uma reunião de anônimos com cãncer nos testículos". Pois eh, ele foi. E foi lá que conheceu a paz. Depois conheceu BoB. Por fim, a viciada Marla Singer (Bonham Carter), que como ele, não tinha problema nenhum e somente ia até lah pq o café era de graça. Sua impossibilidade de dormir retorna.
Até que, em uma de suas viagens a trabalho, acaba por conhecer o vendedor de sabão Tyler Durden (Pitt). Outro de seus amigos descartáveis, mas um que Jack jamais vai esquecer. Juntos eles formam na Taverna do Lou ("I'm the Fucking Lou, who are fucking you?") o Clube da Luta, e, para o resto da história, só locando ou puxando da net pra saber.

Um dos filmes mais perturbadores que já assisti. Lá vc pode ver claramente como nossa sociedade é nojenta, e de que forma nós participamos dela. Como assim? Imagine: sabe quando vc caga e olha para o vaso pra ver como foi seu trabalho? Vc é aquele milho, advindo do cachorro quente de um real da esquina pós-balada, boiando num mar de merda.

Está satisfeito com isso?


Cr3dit's:

This FoT.0: "Dentist", by disintegration.deviantart.com
As demias fotos forma tiradas da net. DOMÌNIO PÙBLICO.


MüsiK de fundo: Deliriun Cordia, by FantÔmas!

Agradecimentos: à Amanda Guedes (blog Aquarelas), ao Mike Patton (show do Faith nO More em sampa dia 07 de novembro) ao Steve, e à todo pessoal do clube que ainda luta.


Tchicotraulizado by: Th3 FatmaN

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

P/ara EmmA




Pendure a velha máscara em sua parede da dor,
Mostre-nos como compôs sua fria sonata.
Dispa-se das roupas sujas pelo amor,
Suas velhas paixões que não lhe trouxeram nada.
Se nunca houve carinho no alento de seu protetor,
É porque era seu espelho o objeto que desejava.
Agora pare e ouça as velhas fotos lhe contarem,
quão cheia de sorte foi marcada sua empreitada.
Momentos.
Lugares.
Comparças.
Confrades.
amores.
Impossivel lembrar sem ter vontade de chorar,
Sabemos que faria qualquer coisa para lá voltar.
E é por não conseguir narrar, que a ele passo a palavra,
oh estandarte.
Faz soar sua trombeta, e alterna o rugido que agora late.

“As minhas palavras te seguem, e foi seu silêncio que me contou,
senti alívio e conforto por saber que és tão forte.
Mas jamais esqueça o que o velho homem lhe assoviou
Não há mais nada na vida, se não a certeza da morte”.

Não existem passos a seguir, nem promessas a cumprir.
Se não há arrependimentos, queimaremos os sofrimentos.

Sou um grande jogador idiota de poker, disse-me Dostoiévski duas vezes,
Os demais na mesa podem rir de minha mão podre,
Mas se nada mais tenho a com ela ganhar,
pro meu prazer, também nada tenho a perder.

*Com amor....

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

AvoltaDosquenumf0rum

Venha/Veja/Vingue/Vista/Volte






1.BleU





2.Lou.CuRa





3./VormunD/





4.SchIsM





5.My own Doppler


->"sem palavras para descrever o que se passou nesse feriado. então veja!"


* TAKE CARE!!!! Essas foto foram tiradas do site deviantart.com!! Todas as fotos podem estar registradas e conter direitos autorais. Cuidado com sua utilização, pq ser processado eh uma merda!

ChroN"s-lógicamente:
1)LILIEN_zart_V: by silent-order.deviantart.com
2)300_04: by m-igor.deviantart.com
3)why_so_serious: by Megson.deviantart.com
4)schism: by Oldboy1985.deviantart.com
5)untitled_blue: by ayanimeya.deviantart.com

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Relat0 D& UmA /amar.gura/



'Vou contar uma história, agora.
Ela trás a mim, uma lembrança,
que me chama, me acompanha.
Relato nesse momento,
um profundo e ardido sentimento,
que sai de dentro do meu peito,
e toma forma, enfim, de um alento'.

















Existiu um homem, certa vez, que não aceitava morrer.

Ele pensava, “como pode alguém morrer, sem viver um grande amor”?

Viajou então, à vários lugares do mundo,

Procurando alguém que minimizasse sua dor.

Encontrou então uma linda mulher que lhe disse,

- “meu caro senhor, és bonito e charmoso, me caso com vc”

Mas o homem fechado lhe respondeu,

- “meu coração é destinado, este corpo não será seu”

Uma segunda lhe apareceu, não tão bonita, mas muito rica,

Que disse-lhe, com a voz um tanto fria,

- “à você dou milhão se casares comigo nesta noite de verão”!

mas o homem respondeu, de sopetão:

- “não, com você jamais casarei, não venderei meu coração”

Quanto mais procurava, muito mais sofria este pobre varão,

- “morrerei então, sem saber o que é viver uma paixão”?

- “negro será o dia que passar pelos portões da morte,

encontrar aos meus pais e dizer-lhes que fui infeliz e sem sorte”.

Voltando para casa, fazendo as contas de seu caixão,

Avistou uma mulher de frente a um velho casarão,

Tinha as roupas furadas, não demonstrava soberba,

Não era perfeita, mas brilhava como uma estrela.

O homem chegou perto, e lhe disse:

- “És muito linda senhora, e tem um belo perfume,

não há dúvida que é hoje que o destino nos une.

Casa comigo e juntos seremos felizes eternamente”.

Ela se virou sem temor e lhe disse:

- “impossível senhor,

Tenho marido que aguarda meu retorno”.

- “Dou-lhe o que quiser, mulher, me conte seu sonho

não há matéria neste mundo que não me seja estorvo”

E escutou a resposta em seu ouvido badalar:

- “nada tem o senhor que eu possa querer,

já tenho todo amor do mundo em meu lar”

Angustiado reclama, enquanto rola na própria lama:

- “meu deus, não quero morrer sem amar uma mulher”

Sorria a mulher, parada enquanto ouvia:

- “não tens tanto medo da morte, meu senhor,

o que não tens é coragem de viver sua própria vida”.


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

AnotherS FouR BrickS in the WaLL



Não se assuste visitante,
esse post sim, vai ser grande!

É complicado escrever pouco quando se tem muito sobre o que falar, então falarei de filme, viagem, livro e música, ou seja, de coisas que todos gostam, mas não necessariamente nessa ordem.

Enjoy:


+LI+ vr0 - "Paris é uma festa (móvel)" - Ernest Hemmingway

Quem gosta de filme romatico e já assistiu "cidade dos anjos" sabe do que estou falando. Hemmingway expressa detalhes. E quando ele se expressa falando de Paris, você descobre porque é uma festa. Uma grande e eterna balada de cheiros, gostos e imagens, coisas que não se vê em outro lugar. Nunca fui pra Paris, mas se vc ai, quiser conhecê-la, Hemmingway pode te ajudar. Roubei o trecho a seguir de um blog que visitei (http://pausadotempo.blogspot.com/2008/05/paris-uma-festa.html):

"Foi uma refeição maravilhosa a que fizemos no Michaud, quando conseguimos entrar. Mas quando terminamos e não sentíamos mais fome, a sensação que nos parecera fome ainda continuava dentro de nós. Continuava quando chegamos ao quarto e, depois de termos ido para a cama e feito amor, ainda estava lá. Quando acordei, com as janelas abertas e o luar nos telhados das casas altas, ainda estava lá. (...) Tinha de me esforçar para compreender o que se passava conosco, mas sentia-me demasiadamente estúpido. A vida tinha-me parecido tão simples naquela manhã quando despertei (...)
Mas Paris era uma cidade muito antiga, nós éramos jovens e nada ali era simples, nem mesmo a pobreza, nem o dinheiro súbito, nem o luar, nem o bem e o mal, nem a respiração de alguém que, deitada ao nosso lado, dormisse ao luar".


VIA/gem|: Voltando da Finlândia, a professora Loy inventa moda.
Paris, do alto de um avião.
Picture by: Lorrayne Tentoni.

E num é que é uma festa memo?
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A viagem da minha amiga me lembrou que o Rio de Janeiro será sede das olimpíadas/2016. Disso todo mundo já sabe, ja que não se fala em outra coisa por ai. É bom dar os parabéns pros cariocas, pois eles merecem por viverem em uma cidade tão bonita. Espero que até lá, quando eu tiver 31 anos ('casildis'), já tenha trabalho e dinheiro para ver todo o mundo de perto. Também espero que na bandeira do Brasil, em homenagem a Kant, ao invés de 'ordem e progresso' esteja escrito "respeito e felicidade", mas isso, talvez, seja pedir demais.

Mas, se você que está lendo e sacou qual que é desse blog, deve estar se perguntando "esse bocó ainda não falou de morte".

hehehe, com vcs, o chapeleiro maluco e companhia:

MüSik<->The Killer is me - Alice in chains

"Don't need a gun
Pointed at me
Don't need to run
Killer is me
Killer is me
So the sun
Shines upon me
Having fun
Killer is me
Insane the mind
In the name of me
Can't find the time
To let things be
Insane the mind
In the name of me
Can't find the time
To let things be
Let things be
Oh yeah
Can I start over?
Oh yeah
Can I start over?
And get over it
So the sun
Shines upon me
Having fun
Killer is me
Killer is me
Killer is me
Oh yeah
Can I start over?
Oh yeah
Can I start over?
And get over it
Let things be".



(qualquer semelhança, mera coincidência?)

pHill.me:

Por fim, mas não menos importante! Quem ai não esta sedento de sangue para ver Jonnhy Deep outra vez? Ainda mais depois de ver o musical "Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet" estrelado por Deep ao lado da magnífica Helena Boham Carter (Marla Singer, em "Clube da Luta"), vê-los juntos de novo em "Alice no País das Maravilhas" com ceterza será excelente. Não preciso nem ver o filme pra saber, basta ver a maquiagem e o figurino:



Preciso falar mais alguma coisa? Bom cinema à vcs também. Agradecimentos à mãe de Tim Burton por tê-lo dado vida.

Ah, boa leitura também, se tiver o que ler,
boa musica se tem o que ouvir,
e se tiver onde ir,
boa viagem e até mais ver.
























Roubei ft.0 de:
Blo.G: afresquinha.blogspot.com

Tchicotraulizado por:
wiLL.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

'On' Librar.Y.


Certa vez,

"Sentado a leste, de frente a uma mesa de biblioteca, procurava por algo novo sem saber, ao certo, se realmente encontraria. Poderia ser uma oportunidade da vida, uma caneta bonita, ou uma nova lembrança que viraria nostalgia.

Acomodei-me, então, nessa cadeira e congelei.

Nada mais no mundo se movia. Por minhas narinas o ar entrava e saía. Queria me mecher, mas não podia, não devia. Há que se ter propósito na vida, eu dizia, e para consegui-lo é preciso caçá-lo e abatê-lo, como caçador atrás da harpía. Estava disposto a dar meu sangue naquele fatídico dia. Não queria continuar a carregar minha monotonia, que por tanto tempo me impedia de conhecer aquilo que queria. Por isso permaneci ali, como fica uma estátua numa noite fria.

Num outro momento, a sensação que trazia tanta euforia, aos poucos desfalecia, dando lugar à triste sensação de que não conseguiria...

como poderia? de que forma ali permaneceria? se o mundo gira, o tempo passa, a sopa esfria? uma hora? duas talvez? no máximo, um dia? Quantas pessoas me viam fazendo aquilo? que diriam de mim? Viraria eu, novamente, a mais nova piada sombria?

No segundo seguinte percebi, pelo olhar em periferia, que você se aproximou. Estava linda, sim, com seu livro na mão e arrastou aquela cadeira a norte. Sentou. Pude perceber que seu perfume era muito bom e que, algumas vezes que me olhava, sorria.

Mas não pude olhar para ti, e pela primeira vez na vida, não foi por falta de coragem, mas por excesso de propósito. Seu sorriso, não retribui.

Sua presença, que com certeza traria toda a felicidade que queria, ignorei, por saber que se desistisse ali, nada conquistaria. Doeu no coração não conversar com você. Não pegar na sua mão e chorar lágrimas perdidas. Mas meu objetivo era a vontade, que a tanto tempo de mim, fugia. Tinha que conseguir e permanecer ali, como aquela altiva estátua fria.

Neste relato imcompreensível, que dito neste instante pelos meus dedos, te digo agora que não há arrependimento de ter me calado em desespero, nem de manter a solidão que não mais desejo. Da mesma forma que apareceu na minha vida, de fato sumiria, como a areia que levanta vôo em dia de ventania. Não me arrependo de, quando levantei, ter encostado em seu ombro. Você olhou para cima com seu sorriso ímpar, feliz, como se dissesse 'agora que terminou, podemos conversar de uma vez?'

Não podia, querida. Aquele momento foi tão importante que não queria estragá-lo com minha fantasia. Olhei para seu rosto, demosntrando alegria, e lhe disse simplesmente 'obrigado pela sua companhia'.

Parti, biblioteca a fora, sem olhar para trás.

Esse momento fugaz, que a mim tanta importancia trás, pra você, talvez, tenha sido só mais um dia, na mais. Porém, nunca esquecerei teus tranquilos olhos azuis, mesmo que morra e não te encontre jamais.

Eles me lembraram da força que existe lá no fundo, que me ajudou, naquele dia, a parar este mundo".




§.Algo que tive vontade de escrever, sem pretenção de ditar verdade ou de falar dela. Se tal situação ocorreu, não importa. Aprender com ela, isso sim, vale a pena.

1°fot.0. deus sabe, eu não.

2°fot.0. clothestohealabrokenheart. blogspot.com (dia 12/04/009).